Emaranhados (2021)
Passo 1: Pegue uma cartolina ou papel e dobre-a em tamanhos iguais quantas vezes preferir.
Passo 2: Corte esses pedaços.
Passo 3: Junte as duas pontas do papel com cola.
Passo 4: Comece a dobrar, um lado passando para o outro e vice-versa até acabar.
Passo 5: Cole as pontas finais.
Repita quantas vezes quiser.
Reflexões a se pensar no processo: Como o papel se comporta? O quanto ele pode ser esticado? O quanto ele pode ser retraído? Se eu repetir o processo diversas vezes, o quão longo ele pode ficar? Quantos pedaços de cartolina eu precisaria para chegar em 50 metros de comprimento? E 100 metros? Quantas vezes dobrando até se tornar um processo repetitivo?
Um processo de repetição, um processo de tantas horas que perdi a dimensão do tempo. Emaranhados, dobrando de um lado e outro, no que chegarei?
O material da obra é o papel, um material acessível e de fácil manuseio. O papel é constituído por elementos fibrosos de origem vegetal com alto conteúdo de celulose, que possui baixo custo e fácil obtenção, o material provém da polpa de madeira de árvores- a cartolina, nada mais é do que um papel mais grosso. Tanto o papel quanto a cartolina são os materiais usados no origami, arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel.
Cada mola estica e se retrai, tem 30 cm esticada, 5 cm retraída e mais ou menos, 20 cm relaxada. O total de molas foi 192, foram usados 12 pedaços de cartolina, 4 de cada cor: amarelo, azul e vermelho. O comprimento de todas as molas juntas em um longo fio tem entre 38 a 48 metros, não se tem um número exato por conta da inconstância da extensão do material.
Pela quantidade de molas e pela dobradura de baixa dificuldade, em pouco tempo, se torna um processo inconsciente através da repetição. Justamente por se tornar um processo inconsciente, sua elaboração acaba sendo também um processo terapêutico, e o movimento da mola, algo lúdico.
O espaço da instalação convida o espectador a refletir sobre o processo, e mais do que isso, convida-o a adentrar a obra e brincar com o material, sendo livre para explorá-lo. As cores escolhidas têm esse mesmo objetivo, amarelo, azul e vermelho são cores primárias e amplamente utilizadas em brinquedos infantis, são cores chamativas que remetem a um universo lúdico.
Emaranhado faz parte de uma série em andamento, são três obras com o mesmo material que explora seu formato e com diferentes tamanhos e suportes.
Passo 1: Pegue uma cartolina ou papel e dobre-a em tamanhos iguais quantas vezes preferir.
Passo 2: Corte esses pedaços.
Passo 3: Junte as duas pontas do papel com cola.
Passo 4: Comece a dobrar, um lado passando para o outro e vice-versa até acabar.
Passo 5: Cole as pontas finais.
Repita quantas vezes quiser.
Reflexões a se pensar no processo: Como o papel se comporta? O quanto ele pode ser esticado? O quanto ele pode ser retraído? Se eu repetir o processo diversas vezes, o quão longo ele pode ficar? Quantos pedaços de cartolina eu precisaria para chegar em 50 metros de comprimento? E 100 metros? Quantas vezes dobrando até se tornar um processo repetitivo?
Um processo de repetição, um processo de tantas horas que perdi a dimensão do tempo. Emaranhados, dobrando de um lado e outro, no que chegarei?
O material da obra é o papel, um material acessível e de fácil manuseio. O papel é constituído por elementos fibrosos de origem vegetal com alto conteúdo de celulose, que possui baixo custo e fácil obtenção, o material provém da polpa de madeira de árvores- a cartolina, nada mais é do que um papel mais grosso. Tanto o papel quanto a cartolina são os materiais usados no origami, arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel.
Cada mola estica e se retrai, tem 30 cm esticada, 5 cm retraída e mais ou menos, 20 cm relaxada. O total de molas foi 192, foram usados 12 pedaços de cartolina, 4 de cada cor: amarelo, azul e vermelho. O comprimento de todas as molas juntas em um longo fio tem entre 38 a 48 metros, não se tem um número exato por conta da inconstância da extensão do material.
Pela quantidade de molas e pela dobradura de baixa dificuldade, em pouco tempo, se torna um processo inconsciente através da repetição. Justamente por se tornar um processo inconsciente, sua elaboração acaba sendo também um processo terapêutico, e o movimento da mola, algo lúdico.
O espaço da instalação convida o espectador a refletir sobre o processo, e mais do que isso, convida-o a adentrar a obra e brincar com o material, sendo livre para explorá-lo. As cores escolhidas têm esse mesmo objetivo, amarelo, azul e vermelho são cores primárias e amplamente utilizadas em brinquedos infantis, são cores chamativas que remetem a um universo lúdico.
Emaranhado faz parte de uma série em andamento, são três obras com o mesmo material que explora seu formato e com diferentes tamanhos e suportes.
Letícia Ramires (2001) nasceu em São José do Rio Preto, no interior do estado de São Paulo. Desde pequena tem um grande interesse no mundo das artes. Em 2020 se mudou para o Rio de Janeiro, onde é graduanda em História da Arte na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Como uma artista e estudante jovem, explora os mais diversos suportes e materiais para expressão de sua linguagem. Tem trabalhos em pintura, escultura, instalações, colagem, videoarte e performances. Nos últimos anos, experimentou as mais diversas técnicas e encontrou na escrita uma verdadeira paixão. Assim, surgiram seus mais recentes projetos: um vídeo de registro de um caderno de autorretratos feitos durante o período de isolamento como forma de lidar com a sua distorção de imagem-Persona (2020). Esse trabalho foi exposto na mostra Olha Geral 2020, da UERJ.
Letícia Ramires (2001) nasceu em São José do Rio Preto, no interior do estado de São Paulo. Desde pequena tem um grande interesse no mundo das artes. Em 2020 se mudou para o Rio de Janeiro, onde é graduanda em História da Arte na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Como uma artista e estudante jovem, explora os mais diversos suportes e materiais para expressão de sua linguagem. Tem trabalhos em pintura, escultura, instalações, colagem, videoarte e performances. Nos últimos anos, experimentou as mais diversas técnicas e encontrou na escrita uma verdadeira paixão. Assim, surgiram seus mais recentes projetos: um vídeo de registro de um caderno de autorretratos feitos durante o período de isolamento como forma de lidar com a sua distorção de imagem-Persona (2020). Esse trabalho foi exposto na mostra Olha Geral 2020, da UERJ.
Letícia Ramires (2001) nasceu em São José do Rio Preto, no interior do estado de São Paulo. Desde pequena tem um grande interesse no mundo das artes. Em 2020 se mudou para o Rio de Janeiro, onde é graduanda em História da Arte na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Como uma artista e estudante jovem, explora os mais diversos suportes e materiais para expressão de sua linguagem. Tem trabalhos em pintura, escultura, instalações, colagem, videoarte e performances. Nos últimos anos, experimentou as mais diversas técnicas e encontrou na escrita uma verdadeira paixão. Assim, surgiram seus mais recentes projetos: um vídeo de registro de um caderno de autorretratos feitos durante o período de isolamento como forma de lidar com a sua distorção de imagem-Persona (2020). Esse trabalho foi exposto na mostra Olha Geral 2020, da UERJ.